Castanheiros

Plantação de duas Áreas de Castanheiros

   A nossa Associação é conhecida pelos vastos trabalhos na área da conservação da Natureza e das nossas fantásticas plantações autóctones, que já remontam a 2011. Em Fevereiro de 2018 recriamos uma plantação muito especial.

   Após as habituais catástrofes nacionais, das quais não conseguiu Fafião escapar, como é exemplo o fogo que devastou esta zona e com um impacto ambiental incalculável para os territórios Fafiotos, foi altura de começar a sarar essas feridas, 18 hectares foram plantado com todos os cuidados que merecem e por ávidos profissionais por toda a área ardida. São 1500 castanheiros de variadas espécies autóctones que vêm assim dar lugar aos habituais pinheiros e transformar a zona envolta à aldeia numa área florestal mais autóctone, uma parceria entre a Associação Vezeira de Fafião, o Conselho Diretivo de Baldios de Fafião e uma empresa que preferiu o anonimato. É um motivo de orgulho para todos os envolvidos neste projeto. A Natureza agradece e porventura não esquece… 

   Deixamos aqui alguns registos destes momentos bem como as duas áreas em questão que podemos acompanhar anualmente no Google Maps, com uma certeza, aqui nasceu uma floresta.

Área de Ceidoiro

(7 Hectares Plantados)

   A Área envolvente a Ceidoiro foi intensamente atacada pelo fogo, fazendo parte de um território fulcral na entrada da aldeia bem como junto aos campos de cultivo dos vários habitantes conhecida como a Beiga. Em 2018 abraçamos este primeiro local com o intuito de devolver a uma área de pinhal ardido uma floresta de Castanheiro, onde o infortúnio deste espaço passava também pela aridez do solo e a escassez de água nestes vertentes. A nossa Associação Vezeira de Fafião, representante do povo entendeu que deveria ser esta a área para que o futuro das gerações da aldeia pudessem contemplar a beleza de uma serra vestida, riqueza paisagística, e uma floresta cuja visitação orgulhasse pela fauna e pela flora que ocupariam este eixo. Ceidoiro fica situado a este do centro da aldeia, virada a juzante da sua entrada, é visualmente impactante o resquício causado pelas labaredas do passado. A par da plantação em 2018 foram realizadas em 2019, 2020 regas, colocação de tutores e protetores, podas de formação, adubação e limpezas frequentes de mato. 

   Entre 2018 e 2021 foi efetuada a retancha deste espaço, um processo de substituição de árvores que infelizmente iam perecendo, levando à nossa capacidade de persistência em apostar e zelar pela cuidadosa manutenção deste legado entre o passado e o futuro. 

Fevereiro 2018 (Plantação 800 Castanheiros)

Área da Chã das Corgas

(11 Hectares Plantados)

   A Área da Chã das Corgas é particularmente sensível, foi o segundo território para esta nossa plantação. Também vitima de fogos, a criação desta floresta esteve a cabo dos sócios da Associação bem como de inúmeros visitantes que se inscreveram para uma atividade em 2018 e também em 2019 com o intuito de participarem na sua manutenção. De referenciar que ambas as plantações tiveram objetivos relacionados não apenas na vertente produtiva, como é exemplo a futura produção de castanha, mas também da construção de uma barreira natural que emparedasse a aldeia dos fogos. Durante o seu primeiro ano também sofreu com o pastoreio desordenado que apareceu logo após a plantação. Foram também aqui aplicadas entre 2018 e 2021 regas, colocação de tutores, protetores, podas de formação, adubação, limpeza de matos e a retacha. 

Março de 2018 (Plantação de 700 Castanheiros)

Mapa de Parcelas Plantadas

(11 Hectares em Chã das Corgas, Dividido em 3 parcelas, Parcela 1 de 5 Hectares, Parecela 2 de 2 Hectares e Parcela 3 de 4 Hectares, seguindo-se de 7 Hectares numa Parcela singular em Ceidoiro)

Notas Finais Sobre o nosso Projeto

   Em Fafião nasceu um novo Souto de Castanheiros, fruto de um projeto que representa uma responsabilidade social e ambiental. Uma iniciativa a várias mãos que envolveu entidades locais e uma empresa. Nos próximos anos deverão estar a produzir a castanha, ao mesmo tempo que protegerão como muralhas a aldeia dos incêndios, bem como criarão amplitude para a Fauna e Flora do Parque Nacional. Esta é também uma forma de alertar para a necessidade de revitalizar áreas incultas e incentivar agricultores para a plantação de castanheiros. A escolha de várias espécies prende-se também por permitir um estudo para perceber as que melhor se adaptam ao concelho. 

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